FILTRAR:

Artigos de Opinião

Teremos que criar as políticas que façam com que os custos da sustentabilidade sejam iguais ou menores que os custos da não-sustentabilidade.

Bernardo Pires de Lima

Um pirómano na Casa Branca

Há um problema de violência policial sobre afro-americanos. Há crescimento de crimes de ódio e terrorismo supremacista branco. Há complacência do presidente dos EUA e um trumpismo promíscuo com racismo e autoritarismo. Pelo meio, cem mil mortos pela covid e um ciclo económico radicalmente novo. Desde quando é que a reeleição de Trump se tornou uma fatalidade?

A pergunta tem seguramente motivado longos e acalorados debates em muitas chancelarias europeias, e as respostas não são consensuais.

Nenhum país é fácil de compreender, nenhuma sociedade o é. Os Estados Unidos, do bravo Crispus Attucks e de Sally Hemings, certamente estão entre os mais difíceis de ser lidos a preto e branco

Francisco Seixas da Costa

A força de Trump

O fenómeno Trump, qualquer que venha a ser o seu saldo final, tem já garantido um lugar na história política americana.

Há anos que andamos a falar no futuro cada vez mais próxima em que muito do trabalho que hoje fazemos passará a ser feito por máquinas.

Quando olhamos para o Brasil, poderemos ficar surpreendidos com a crescente crise política, institucional, económica, social e sanitária que o país atravessa.

O comportamento dos EUA, na sua curta existência, foi diametralmente oposto ao da China, que na sua vida milenar mostrou relutância em usar a opção militar em primeiro lugar.

Bernardo Pires de Lima

Prioridade externa: África

África tem estado ausente do ciclo noticioso da Covi-19. Há razões para isso, mas são cada vez mais os alertas justificados. Num quadro de abruptas crises europeias, alemães e portugueses darão prioridade a África nos seus semestres à frente da União Europeia. Desaproveitar este alinhamento pode ser um dos grandes erros estratégicos da Europa.

Francisco Seixas da Costa

A China vai dominar o mundo?

No mundo antes do surgimento do novo vírus, a afirmação geopolítica da China vinha, desde há muito, a suscitar uma forte preocupação americana, desde logo pela perceção de que isso representava uma crescente ameaça direta à sua preeminência à escala económica global.

Na era digital, a censura na China é um jogo de ambiguidade. O mais eficaz não é proibir, mas criar inconveniência e distrair. Esta é a tese de Margaret Roberts.

António Costa Silva

E depois do mundo desmoronado?

A crise mais importante das nossas vidas exige um novo pensamento, um novo modelo económico e social, uma nova ordem internacional. Não temos nenhuma certeza sobre a porta de saída de um mundo desmoronado. Mas há algumas coisas que já sabemos.

Bernardo Pires de Lima

Nenhuma pandemia é eterna

No último mês, 22 milhões de americanos ficaram desempregados, enquanto as previsões para a economia chinesa são de queda histórica. Isto quando prossegue o bullying às organizações multilaterais no meio de uma pandemia global. Que impactos políticos podem ser acelerados? E que efeitos pode a Europa esperar?

A presente crise é um teste à nossa humanidade comum. Exigem-se, por isso mesmo, respostas à altura, que expressem de forma inequívoca esse sentido comum de cidadania, de empatia e de solidariedade global.

Como noutros sítios, a incorreta identificação da ameaça pode ser fatal. Por isso, deve evitar-se confundir terrorismo com guerra subversiva.

Helena Freitas

A nossa casa comum

O verdadeiro desafio hoje é fazer desta crise uma oportunidade de transformação individual e coletiva, assumindo a nossa vulnerabilidade e a nossa condição integrante de um planeta comprometido pela ecologia, pela saúde e pela paz.

Este artigo aborda os contextos geopolíticos globais e as tendências da cooperação para o desenvolvimento em que se desenrola a presente pandemia. Debate igualmente o seu impacto nas relações Europa-África, e enfatiza propostas de mudança na racionalidade da parceria, tornando-a menos dependente dos tradicionais fluxos de ajuda e mais estratégica e adaptada ao mundo cada vez mais global em que vivemos e nos relacionamos.

Infelizmente, a Europa não parece ter aprendido as lições políticas da crise da zona euro. Vale a pena relembrá-las, sob pena de entrarmos numa espiral de declínio político nacional e europeu.

Tanto regimes autoritários como democráticos falham ou têm sucesso. Não é empiricamente correto estabelecer uma relação de causa-efeito entre regime político e a eficácia da resposta.

Bernardo Ivo Cruz, Carlos Branco, Carlos Gaspar, Diana Soller, Francisco Seixas da Costa, Luís Nuno Rodrigues, Luís Tomé, Tiago Moreira de Sá e Victor Angelo ajudam a perceber o impacto da pandemia.

António Rebelo de Sousa

Do ‘Relatório Draghi’

Francisco Seixas da Costa

O hiperpresidente

ENTREVISTA: De passagem por Lisboa, o presidente do Centro de Estudos sobre a China da Universidade de Ashoka explora o conceito de um "mundo entre ordens" e, num tom otimista, ressalta: “Os países em declínio de ontem são os países em ascensão de amanhã”

Leonídio Paulo Ferreira

O papel de Zelensky

ENTREVISTA: Para Walter Russell Mead, famoso colunista do Wall Street Journal, o exemplo da guerra no Afeganistão prova que os aliados ocidentais perderam o foco, porque se esqueceram de "um detalhe mínimo e insignificante".

Leonídio Paulo Ferreira

As bombas de uns e de outros

Henrique Burnay

O regresso da Europa

Patrícia Magalhães Ferreira

A Ajuda ao Desenvolvimento ameaçada

É neste contexto que, após um fugaz (?) período unipolar, a competição pela hegemonia aumenta, o multilateralismo enfraquece, tensões e iniciativas multipolares se multiplicam e um novo, ainda difuso, quadro global começa a tomar forma.

"Porque não uma União de Lisboa a Vladivostok? Provavelmente não com Vladimir Putin"

Depois de ter estado em Portugal já este ano para apresentar o seu livro A Conquista da Paz, Stella Ghervas regressa para a Conferência do Clube de Lisboa, organizada sob o mote Rumo a uma Nova Ordem Mundial, que se realiza na Fundação Gulbenkian amanhã e sexta-feira. Faz uma análise da crise entre Ocidente e Rússia e da coragem precisa para a paz.

Para já, os desafios prioritários são quatro: reforçar de imediato a capacidade de defesa de Ucrânia; aprofundar o isolamento e debilitar as finanças públicas russas; manter a unidade entre nós; e continuar a insistir na diplomacia da paz.

Subdiretor do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE, Bruno Cardoso Reis analisa as possibilidades de pôr fim à guerra na Ucrânia e também como evitar um choque aberto entre a NATO e a Rússia.

A China não se compromete com nenhuma das partes, apela ao diálogo para a resolução da crise e observa o desenrolar dos acontecimentos. De um dia para o outro, Pequim encontra-se numa posição inesperadamente confortável

Os ditadores fascistas são um perigo para as democracias bem como para a paz internacional. Na verdade, como Vladimir Putin nos lembra hoje, o fascismo leva à guerra.

Francisco Seixas da Costa

Não sejamos otimistas

A Rússia imperial vive em Putin bastante mais do que em caricatura: é um guia para a ação da atual nação russa.

A intervenção política, em qualquer sociedade, exige um conhecimento apurado do contexto e das relações de poder. É preciso avaliar a força relativa dos principais líderes, no que assenta o seu poder e quais são as suas vulnerabilidades.

Tropas e milícias avançaram sobre as montanhas de Tigré e Amara, apoiadas por um enxame de drones chineses, iranianos e turcos, enquanto o resto do mundo se limita a observar. "É um assunto que não interessa a muitos europeus, até que os refugiados comecem a chegar ali a Tripoli ou Bengazi", nota Manuel João Ramos.

Se eu venho incomodar-vos a rentrée, é talvez por egoísmo. Silenciando-me, sinto-me cúmplice de um imenso crime. Falando dele, imagino pelo menos que estou a lançar um pouco desta pesada responsabilidade sobre os ombros do eventual leitor.

EU flag with blue sky as background

Há mais ou menos um ano atrás, estávamos ainda nas primeiras semanas de pandemia na Europa, e já todos percepcionávamos a crise económica e social que vinha aí com a Covid-19. Não sabíamos a dimensão nem a duração, mas percebíamos que ia ser dura.

 

World map in black with red dots in major cities in Europe, Americas, Africa and Asia
Francisco Seixas da Costa

Refletir na desordem

Quando o mundo, no final da segunda Guerra Mundial, se organizou institucionalmente em torno das Nações Unidas, ficou criada a ideia, do seu lado ocidental, de que os modelos democráticos, nas suas diversas expressões, a que alguns chamavam liberais, acabariam por funcionar como uma espécie de “benchmark”, para o qual, cedo ou tarde, a maioria dos Estados tenderia a evoluir.

Fernando Jorge Cardoso

Cabo Delgado, uma guerra complexa

Gonçalo Ribeiro Telles

Guiné-Bissau, Terra de contrastes

Francisco Seixas da Costa

A Voz da América

As arengas dos líderes nacionais, nas assembleias-gerais anuais das Nações Unidas, raramente despertam interesse. Salvo se oriundas de um "trouble-maker", costumam ser catálogos de platitudes.

Francisco Seixas da Costa

Notícias de Fénix?

Na última década, raramente a palavra Europa deixou de estar associada à ideia de crise. A “crise europeia” tornou-se uma expressão corrente, que, ao mesmo tempo, contribuía para absolver alguma impotência dos governos nacionais e associava as instituições comunitárias a um destino marcado pela irreversível incapacidade de estarem à altura daquilo que delas, dessa Europa, se esperava.

As crises vão naturalmente continuar. Não estão reunidos os pré-requisitos básicos para se ter estabilidade ou efetuar uma reforma política. O Líbano mais parece um Estado falhado.

Foi uma convenção atípica, mas nem por isso desprovida de foco. O que importa é fazer tudo para tirar Trump da Casa Branca.

Que não tenha acontecido uma terceira guerra mundial é o mais extraordinário destes 75 anos.

Francisco Seixas da Costa

O estrangeiro próximo

A Guerra Fria suspendeu a História por algumas décadas. Desde que acabou, num registo de humilhação para Moscovo, a Rússia criou, em seu torno, um mundo de Estados com os quais mantém uma tensa e diferenciada expressão do seu poder.

Ao apostar nas mesmas fórmulas que trouxeram os EUA à situação atual, Biden e a sua ‘entourage’ mostram que não são a nova elite de que a América e o mundo tanto necessitam.

Por incrível que pareça é somente a terceira vez que uma mulher é designada candidata a vice por um dos grandes partidos (e Hillary foi a única à presidência).

Francisco Seixas da Costa

E se Trump perder?

Não se sabe se Donald Trump vai ou não conseguir manter-se no poder, depois das eleições de novembro.

Bernardo Pires de Lima

O Conselho para lá dos números

Passámos dias a ouvir falar de milhões, mas o Conselho Europeu foi muito mais do que isso. Foi política pura, equilíbrio de poder, técnicas negociais, coreografia comunicativa, noção do tempo e do timing.

O livro tornou-se importante, não pelo seu conteúdo, mas pelas reações que provocou na sociedade americana, em particular nos seus opositores políticos e na comunicação social.

Bem me disse o biógrafo da então candidata democrata-cristã a chanceler que Ângela Merkel era capaz de surpreender.

Existe hoje uma profusão de (des)informação sobre a guerra em Cabo Delgado. A única explicação que tem sido consensual é de a guerra não ser provocada por tensões entre a Frelimo e a Renamo, que se distanciaram desde o início e até hoje deste conflito.

O sistema das Nações Unidas é reconhecidamente imperfeito, mas é igualmente o único sistema multilateral de âmbito global que temos.

Gonçalo Ribeiro Telles

O melhor amigo do regime chinês

Com mais ou menos intensidade na guerra comercial ou na nova guerra fria, a presidência de Trump acabou por se tornar na melhor coisa que aconteceu aos interesses do regime chinês e de Xi Jinping.

A UE reconhece que a China tem uma ambição global, mas não considera que o seu comportamento possa colocar em causa a segurança internacional.

COVID-19 has had far-reaching effects all over the world, the most visible of which on the world economy and public health. Could it also have an impact on Europe-Africa relations? With an EU-AU summit scheduled for late 2020, the pandemic will undoubtedly play a central role in it. Can the two continents avoid the usual aid mindset and move on to a more strategic one? Fernando Jorge Cardoso reflects on the nature of Europe-Africa relations since 2000 and argues that separating aid from strategy could help relaunch the relationship.

Francisco Seixas da Costa

Uma Alemanha europeia

Não vou ao ponto de dizer que a Alemanha é hoje o “gigante bom” da Europa, mas quero afirmar, sem a menor hesitação, que me parece óbvio que a Alemanha é hoje um fator incontornável de qualquer solução europeia. E ela sabe isso.

É no domínio económico que os efeitos da pandemia em África poderão ser mais devastadores - o que não torna este continente exceção, mas sim regra.

Teremos que criar as políticas que façam com que os custos da sustentabilidade sejam iguais ou menores que os custos da não-sustentabilidade.

Bernardo Pires de Lima

Um pirómano na Casa Branca

Há um problema de violência policial sobre afro-americanos. Há crescimento de crimes de ódio e terrorismo supremacista branco. Há complacência do presidente dos EUA e um trumpismo promíscuo com racismo e autoritarismo. Pelo meio, cem mil mortos pela covid e um ciclo económico radicalmente novo. Desde quando é que a reeleição de Trump se tornou uma fatalidade?

A pergunta tem seguramente motivado longos e acalorados debates em muitas chancelarias europeias, e as respostas não são consensuais.

Nenhum país é fácil de compreender, nenhuma sociedade o é. Os Estados Unidos, do bravo Crispus Attucks e de Sally Hemings, certamente estão entre os mais difíceis de ser lidos a preto e branco

Francisco Seixas da Costa

A força de Trump

O fenómeno Trump, qualquer que venha a ser o seu saldo final, tem já garantido um lugar na história política americana.

Há anos que andamos a falar no futuro cada vez mais próxima em que muito do trabalho que hoje fazemos passará a ser feito por máquinas.

Quando olhamos para o Brasil, poderemos ficar surpreendidos com a crescente crise política, institucional, económica, social e sanitária que o país atravessa.

O comportamento dos EUA, na sua curta existência, foi diametralmente oposto ao da China, que na sua vida milenar mostrou relutância em usar a opção militar em primeiro lugar.

Bernardo Pires de Lima

Prioridade externa: África

África tem estado ausente do ciclo noticioso da Covi-19. Há razões para isso, mas são cada vez mais os alertas justificados. Num quadro de abruptas crises europeias, alemães e portugueses darão prioridade a África nos seus semestres à frente da União Europeia. Desaproveitar este alinhamento pode ser um dos grandes erros estratégicos da Europa.

Francisco Seixas da Costa

A China vai dominar o mundo?

No mundo antes do surgimento do novo vírus, a afirmação geopolítica da China vinha, desde há muito, a suscitar uma forte preocupação americana, desde logo pela perceção de que isso representava uma crescente ameaça direta à sua preeminência à escala económica global.

Na era digital, a censura na China é um jogo de ambiguidade. O mais eficaz não é proibir, mas criar inconveniência e distrair. Esta é a tese de Margaret Roberts.

António Costa Silva

E depois do mundo desmoronado?

A crise mais importante das nossas vidas exige um novo pensamento, um novo modelo económico e social, uma nova ordem internacional. Não temos nenhuma certeza sobre a porta de saída de um mundo desmoronado. Mas há algumas coisas que já sabemos.

Bernardo Pires de Lima

Nenhuma pandemia é eterna

No último mês, 22 milhões de americanos ficaram desempregados, enquanto as previsões para a economia chinesa são de queda histórica. Isto quando prossegue o bullying às organizações multilaterais no meio de uma pandemia global. Que impactos políticos podem ser acelerados? E que efeitos pode a Europa esperar?

A presente crise é um teste à nossa humanidade comum. Exigem-se, por isso mesmo, respostas à altura, que expressem de forma inequívoca esse sentido comum de cidadania, de empatia e de solidariedade global.

Como noutros sítios, a incorreta identificação da ameaça pode ser fatal. Por isso, deve evitar-se confundir terrorismo com guerra subversiva.

Helena Freitas

A nossa casa comum

O verdadeiro desafio hoje é fazer desta crise uma oportunidade de transformação individual e coletiva, assumindo a nossa vulnerabilidade e a nossa condição integrante de um planeta comprometido pela ecologia, pela saúde e pela paz.

Infelizmente, a Europa não parece ter aprendido as lições políticas da crise da zona euro. Vale a pena relembrá-las, sob pena de entrarmos numa espiral de declínio político nacional e europeu.

Tanto regimes autoritários como democráticos falham ou têm sucesso. Não é empiricamente correto estabelecer uma relação de causa-efeito entre regime político e a eficácia da resposta.

O impacto da Covid-19 é sério no que toca a atos eleitorais. Dos Estados Unidos ao Sri Lanka, passando por uma série de países europeus, as escolhas dos representantes da democracia está a ser suspensa ou adiada.

Era bom que depois de atravessarmos o perigo do coronavírus e de lamentarmos cada uma das mortes que ele vai provocar, conseguíssemos sair do perigo com novos hábitos de vida, mais cientes das nossas limitações e da nossa fragilidade, mas mais solidários, menos consumistas, mais amigos do outro e do planeta. Isso é não só possível como desejável.

Bernardo Pires de Lima

A geopolítica do coronavírus

A pandemia do coronavírus tem tudo para ser a crise das nossas vidas. Quem está a geri-la? Que soluções estão em cima da mesa? E que efeitos poderá causar nos próximos ciclos políticos e na etapa geopolítica que atravessamos?

As alterações climáticas representam uma ameaça ambiental e um desafio à prosperidade social e económica global, e de forma geral à paz e à segurança no mundo.

Bernardo Pires de Lima

Portugal nas primárias democratas

Não há ainda muitas lições a tirar neste arranque das primárias democratas, mas há alguns sinais interessantes sobre a forma de estar da América no mundo, com impacto no partido, depois de décadas orientado num sentido. Tudo isto pode ter efeitos duradouros que Portugal devia acompanhar com atenção.

Se no caso da tecnologia de telecomunicações a América está a sentir certa dificuldade em contrariar os interesses chineses, pelo menos a nível energético é evidente que a superioridade está do seu lado.

A importância geoestratégica do Reino Unido residia particularmente no facto de conseguir estabelecer pontes entre os EUA e a Europa. Com o Brexit, perdeu essa capacidade e tornou-se menos útil para os EUA.

Entre os ditadores derrubados pela Primavera Árabe de 2011, o líbio Muammar Kadhafi foi o que teve o destino mais trágico: nem o exílio, como o tunisino Ben Ali, nem a prisão, como o egípcio Hosni Mubarak. Teve um fim bem mais parecido com o do líder iraquiano Saddam Hussein, derrotado, capturado e executado quase uma década antes.

A crise causada pelo assassínio de Soleimani contribuiu para reforçar o poder dos falcões em Teerão e comprometer o relacionamento dos EUA com as autoridades iraquianas, ressentidas por não serem informadas da operação militar.

Quem o diz é o relatório anual do Instituto de Pesquisa do Crédit Suisse, que há dez anos mede a riqueza do mundo. Estados Unidos e China foram os maiores contribuintes para o crescimento da riqueza, que alcançou o recorde de 360 biliões de dólares. A crescer está também a desigualdade de distribuição da riqueza

Francisco Seixas da Costa

Quando o mundo acordar…

Um poder global não pode ser apenas económico, como a UE bem o prova, pela negativa. O mundo demorou muito a acordar face à China, como se constatou no comunicado final da recente cimeira da NATO.

Francisco Seixas da Costa

O destino das Américas

Se há coisa que a história cada vez mais nos ensina é que temos de ser muito prudentes ao ler os seus sinais. Prudentes e modestos, em especial na tentativa de dela tirar ilações para o futuro.

Independentemente de sugestões concretas, o que sobretudo importa é que Portugal melhore as estruturas de planeamento, coordenação, implementação e revisão da estratégia, com base em boas práticas internacionais.

Patrícia Magalhães Ferreira

Alimentação e Guerra

Esta brief analisa a relação entre alimentação e conflitos violentos e sobre os impactos da guerra na Ucrânia na fome e na segurança alimentar no mundo.

Manifestação - pessoas de costas a segurar em cartazes com frases em alemão, árabe e inglês.

A COVID-19 veio afetar de forma desproporcional as pessoas migrantes, afetadas na confluência de uma crise sanitária, crise socioeconómica e crise de proteção. As políticas de migração e integração serão essenciais para uma recuperação forte, sustentada e verdadeiramente inclusiva durante e após a pandemia, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo esta uma oportunidade para reforçar a partilha de responsabilidades relativamente aos refugiados e a governação internacional das migrações, de forma a cumprir a Agenda 2030.

This policy brief provides the following recommendations targeted at the international community, including the US. In relation to women’s rights: 1) The US to abide by its own laws; 2) Uphold international commitment to women’s rights; 3) Include a “real” gender lens to the peace process. Regarding justice and accountability: 1) Foreign support for the intra-Afghan peace talks to address grave crimes; 2) The West to step up (and speed up) its immigration policies.

As últimas 3 décadas impuseram um conjunto de mudanças no Sistema Internacional, alterando a forma como os actores tradicionais se relacionam - nomeadamente os Estados e as Organizações Internacionais -, reforçando o papel de actores não estatais, como as nações incorporadas em Estados com várias nações e outros agentes regionais e locais, as ONG e o terceiro sector e reconhecendo um papel para novos actores, nomeadamente as empresas e o setor financeiro.

Quais são, afinal, as causas da guerra em Cabo Delgado? Revolta popular contra o governo, o jihadismo islâmico ou os interesses nas riquezas naturais? Ensaio de Fernando Jorge Cardoso.

Francisco Seixas da Costa and Patrícia Magalhães Ferreira

Whole-of-Government Approaches to External Conflict and Crises - Portugal

This article analyses the implementation of Whole-of-Government Approaches to External Conflict and Crises by Portugal, namely the relations between Defence/Security, Foreign Policy and Development Policy, how these are integrated in strategic and institucional frameworks and how these work in practice.

Carlos Branco

O mundo que aí vem

Os analistas interrogam-se como será o mundo pós-covid-19. Para além dos aspetos económicos e de saúde pública, as preocupações das grandes potências centram-se nos efeitos geoestratégicos da pandemia.

Duelo entre um Estreito e um Istmo

Este artigo aborda os contextos geopolíticos globais e as tendências da cooperação para o desenvolvimento em que se desenrola a presente pandemia. Debate igualmente o seu impacto nas relações Europa-África, e enfatiza propostas de mudança na racionalidade da parceria, tornando-a menos dependente dos tradicionais fluxos de ajuda e mais estratégica e adaptada ao mundo cada vez mais global em que vivemos e nos relacionamos.