As respostas internacionais ao conflito sírio e a guerra ao terrorismo estiveram tentre os temas mais debatidos neste painel da 3ª Conferência de Lisboa, com uma abordagem mais pessimista, quer pelo facto de o mundo ter estado à beira de um confronto militar entre EUA e Rússia, no caso sírio, quer pela descoordenação e visões diferentes no combate ao terrorismo, que passa mesmo pela divergência quanto à definição de terrorismo e de quem são os “inimigos”. A Síria e a Líbia foram referidos como expressão de um novo tipo de guerra, marcada por condições sociais anárquicas em que vários grupos manipulam a violência, espalhando ideologias baseadas no medo e tirando dividendos económicos. A dificuldade de gestão e resolução deste tipo de conflitos é evidente, na medida em que a abordagem militar e a clássica diplomacia não são suficientes, sendo necessárias abordagens assentes na criação de justiça e de legitimidade democrática, numa perspetiva de mais longo-prazo.
Veja aqui os vídeos das entrevistas aos oradores:
Ana Santos Pinto - A capacidade de atuação da União Europeia no conflito sírio
Mary Kaldor - O papel dos conflitos identitários nas guerras atuais