O conflito na Somália é multifacetado e precede as ações das organizações extremistas violentas de inspiração religiosa Al Qaeda e Estado Islâmico - e suas ramificações. Desde o início da guerra civil em 1991 que o país foi objeto de intervenção de forças estrangeiras (Etiópia, Quénia) e de missões das NU e da UA em missões humanitárias ou de apoio ao governo de Mogadíscio.
O país tem sido objeto de declarações de independência por variadas partes do território (Puntlândia, Somalilândia, p.e.) que, embora sem reconhecimento internacional, junto com a guerra de forças islamitas contra o governo, transformaram a Somália mais num Estado “de jure” que num Estado “de facto”.
Atualmente, a principal força opositora ao governo transitório, conhecida como Al Shabab, tem já uma longa consolidação e conta com significativo apoio popular.
Situado à entrada do Mar Vermelho e na ponta do chamado Corno de África, a Somália tem mantido ao longo dos tempos uma importância estratégica, que transcende os seus limites geográficos e que importa debater.
Para falar sobre estes temas contámos com a presença de Ana Carina Franco, investigadora no IPRI-NOVA a trabalhar sobre a Somália, e Paulo Agostinho, editor da LUSA.
A sessão foi transmitida em direto no canal do Youtube e no Facebook do Clube de Lisboa.
As Lisbon Speed Talks são conversas digitais sobre as mudanças globais que afetam as nossas vidas e sociedades, realizadas pelo Clube de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Marquês de Valle Flôr - IMVF.