#statefragility
_A conferência
Desafios globais e os seus impactos em países afetados por conflitos
Entre os principais fatores responsáveis pelas crises que afetam os 60 países analisados no Relatório de Fragilidade dos Estados da OCDE de 2022 estão os impactos da COVID-19, a invasão russa da Ucrânia e as alterações climáticas.
A deterioração dos contextos económicos internacionais, nomeadamente o crescimento da inflação, o aumento das dívidas soberanas e privadas, e a disrupção das cadeias de produção e abastecimento de energia e alimentos, estão a afetar a maioria dos Estados, incluindo os chamados “parceiros de desenvolvimento” e, consequentemente, a natureza e o volume da ajuda externa.
Além da economia, várias questões políticas e de segurança afetam o crescimento sustentável e minam a solidariedade internacional. São exemplos paradigmáticos a deterioração dos ambientes de segurança na Europa e na Ásia, com o correspondente aumento das despesas militares, o incumprimento de compromissos na cooperação com os países do “Sul Global” ou no combate ao aquecimento global, e a deterioração das condições de vida no planeta.
Deste modo, os constrangimentos ao financiamento da cooperação para o desenvolvimento não dão sinais de inversão em 2023. É de esperar que, face à pressão interna, os governos dos países denominados de "parceiros do desenvolvimento” enfrentem dificuldades em libertar fundos para a solidariedade internacional, apesar das sucessivas declarações em contrário, inclusive nas reuniões das sucessivas COP, do G7 ou do G20.
Manhã
09h15-10h00
Abertura
Luís Tomé | Professor e Diretor do Departamento de Relações Internacionais | Universidade Autónoma de Lisboa
Kenyeh Barlay | Presidente do g7+ e Ministra do Planeamento e Desenvolvimento Económico da Serra Leoa, Freetown (Mensagem vídeo)
Jorge Moreira da Silva | Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos - UNOPS, Copenhaga - Online
Francisco Seixas da Costa | Presidente do Clube de Lisboa
10h00-10h30
Estudo de caso: Fragilidade dos Estados na África Ocidental
Desafios pós pandémicos na alimentação e segurança energética em Estados fragilizados, incluindo o papel dos parceiros internacionais e mecanismos africanos.
Nuno Canas Mendes | Professor do Instituto de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Lisboa
Andrea Valente | Professora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Lisboa
Facilitado por Ana Caetano | Fundação g7+ Lisboa, Lisboa (moderação)
10h30-11h00 Pausa-café
11h00-12h30
Painel 1: Paz e segurança
Que tendências geopolíticas se afiguram no curto e médio prazo? Como se poderão refletir nos países com maiores fragilidades? Que tipo de intervenção esperar de parceiros externos no apoio à criação de contextos de paz e segurança?
Ana Santos Pinto | Diretora executiva do IPRI-NOVA e Secretária de Estado da Defesa Nacional entre 2017-2019, Lisboa
Donaciano Costa Gomes | Ministro da Defesa de Timor-Leste, Díli
Luís Amado | Consultor internacional e Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros entre 2006–2011, Lisboa
12h30-13h00
Sessão Especial: Que desafios para a construção da paz e dos Estados em países em conflito e com grandes fragilidades?
Elizabeth Spehar | Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas para Apoio à Consolidação da Paz, Nova Iorque
Hélder da Costa | Secretário-Geral do Secretariado do g7+, Díli & Lisboa (moderação)
13h00-14h30 Almoço
Tarde
14h30-16h00
Painel 2: Economia e desenvolvimento
Que implicações tem a crescente competição económica mundial na solidariedade com os países mais fragilizados? Como evoluem as desigualdades entre e dentro dos países e porquê? Que problemas subsistem nos modelos de desenvolvimento?
Brígida Brito | Professora e Subdiretora do OBSERVARE | Universidade Autónoma de Lisboa, Lisboa
Manuel Aranda da Silva| Consultor internacional, Maputo
Winnie Chepkemoi Mutai | Economista, Banco Africano de Desenvolvimento, Nairobi - Online
16h00-16h30 Pausa-café
16h30-18h00
Painel 3: Energia e alterações climáticas
Que cenários climáticos se avizinham? Porque não se cumprem os sucessivos compromissos de solidariedade dos países mais ricos e poluidores? Face às limitações das renováveis, que alternativas para países com maiores fragilidades?
Aíssa Regalla de Barros | Diretora do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas - IBAP, Bissau
Helena Freitas | Diretora do Parque de Serralves e Professora da Universidade de Coimbra, Porto (on-line)
José Félix Ribeiro | Consultor da Fundação Calouste Gulbenkian e Professor da Universidade Autónoma de Lisboa, Lisboa
18h00-18h45
Encerramento
Xanana Gusmão | Primeiro-Ministro de Timor-Leste e Personalidade Eminente do g7+, Díli (Mensagem Video)
Maria del Pilar Garrido | Diretora da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE, Paris
Ana Paula Fernandes | Presidente do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua I.P., Lisboa
Para ler
Nota de Imprensa sobre a reunião entre o g7+ (The Group of Seven Plus) e o FMI, que teve lugar em Marraquexe, no âmbito da reunião anual do Banco Mundial que decorreu na passada semana.
Declaração do High Level Summit dos países membros do g7+, que decorreu a 22 de Setembro de 2023, em Nova Iorque, à margem da 78ª Assembleia Geral da ONU.
