A instável sustentabilidade do planeta

A insustentabilidade dos modelos de desenvolvimento, as matrizes energéticas e as alterações climáticas foram alguns dos assuntos abordados na sessão sobre O PLANETA, na 3ª Conferência de Lisboa.

No painel sobre a instável sustentabilidade do planeta, ficou claro que existem aspetos positivos e negativos na evolução dos últimos anos.

Por um lado, a matriz energética está a mudar, com um maior peso e rentabilidade económica de energias não poluentes e com o crescimento de empregos no setor das energias renováveis, estando a União Europeia e alguns grandes países emergentes entre os principais impulsionadores destas mudanças.

Por outro lado, contudo, estas alterações positivas não estão a acontecer a um ritmo suficientemente rápido, que permita combater de forma eficaz as alterações climáticas e alterar o paradigma dos modelos de desenvolvimento. O crescimento exponencial, o consumo desenfreado e a utilização de sistemas de produção poluentes e menos eficientes continuam a estar muito presentes no modelo predominante, gerando apreensão sobre a real capacidade de a Humanidade conseguir responder rapidamente aos principais desafios.

Para além disso, o crescimento populacional e a crescente urbanização alertam para a necessidade de repensarmos as nossas cidades, em questões tão variadas como os transportes, a mobilidade, a eficiência energética das habitações ou o tratamento e aproveitamento de resíduos, podendo os centros urbanos ter um papel muito importante na sustentabilidade e na incorporação de inovações tecnológcas benéficas para as pessoas, para a economia e para o ambiente

A sessão contou com as intervenções de Kitty van der Heijden (World Resources Intitute) - apresentação disponível aqui - e de Victor Alcobia (Beicip-Franlab) - apresentação disponível aqui -, tendo o debate sido moderado por António Costa Silva (Partex Oil & Gas) e presidido por Clara Carvalho (CEI-IUL).